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quinta-feira, 6 de julho de 2017

BEATO CLEMENTE MARCHISIO, Presbítero, Pároco, Fundador


Nascimento: 01 de março de 1833.
Local nascimento: Raconígi (Itália, província de Turim).
Vida: Rivalba (Itália).

Clemente Marchisio nasceu em Racconigi, no dia 01 de março de 1833, primeiro de cinco filhos.. Uma família como tantas. Seu pai era sapateiro. Em Racconigi há muitas igrejas. Em cada esquina aparece uma capela. Clemente cresce num ambiente muito religioso ; é fácil imaginá-lo atraído pela atmosfera sagrada que o leva a frequentar a igreja dos padres dominicanos como coroinha. No futuro ele não vai precisar dos instrumentos do pai, mas de estudos para ser no futuro santo sacerdote.

Precisa de ajuda econômica, para frequentar os estudos, mas a divina Providência vai ao seu encontro. Desejando ser padre, quis estudar em casa as disciplinas filosóficas, tendo por professor o Pe. João Batista Sacco.
Consegue entrar no seminário de Bra, onde pode iniciar o seu caminho que o conduzirá a Turim, sob a direção de São José Cafasso, reitor do Santuário da Consolata e promotor do “Convitto Eclesiástico”, instituído para a formação dos sacerdotes, deixando um forte sinal na história da igreja local e universal.
Permaneceu dois anos em Turim, tendo por mestre de teologia moral e pastoral São José Cafasso (15.01.1811 – 23.06.1860), o mesmo santo diretor espiritual de São João Bosco. Clemente Marchisio cooperou com São José Cafasso no ministério da catequese e obras de caridade em prol dos encarcerados. Ele próprio confessará, mais adiante, que os exemplos de São José Cafasso muito o encorajaram na prática das virtudes sacerdotais.
Em 20 de setembro de 1856, aos 23 anos de idade, ordenou-se sacerdote. Passou dois anos na sede do Pensionato eclesiástico de Turim. Constatando que o pão e o vinho da Santa Missa não eram puros, modificou-os e daí derivou o nome de seu Instituto: "Irmãs das Hóstias".
Estamos em pleno mil oitocentos, neste século surgem na região do Piemonte, sacerdotes santos, com uma atenção particular que se refere ao aspecto social. Entre eles está Clemente Marchisio que adere plenamente ao programa. Enviado por um tempo breve a Cambiano como vice-pároco, deve sair de lá por causa da sua sinceridade com os paroquianos que lhe causaram não poucos problemas e sofrimentos. Foi transferido também por pouco tempo, ao lugarejo de Vigone. Em seguida foi nomeado pároco de Rivalba e permanecerá aí por 43 anos. Rivalba: sua terra prometida, o lugar onde poderá andar, encontrar, pregar e fundar o Instituto das Filhas de São José.

Continuou em Rivalba até sua morte. Em 1860, tomou posse da paróquia de Rivalba. Como um bom pároco se ocupa logo da sua Igreja que queria completamente nova, mas poderá somente reestruturar. O relacionamento com os paroquianos é baseado sobre uma extrema franqueza e sobre a coerência que permite coincidir o seu pensamento com as suas ações. Esta sua maneira de relacionar-se não é sempre fácil de aceitar, mas ele age seguindo o ditado do Evangelho: “Sim, sim; não, não”.
Ali construiu um asilo para meninas e uma fiação para dar trabalho para as jovens e assim evitar que fossem buscar trabalho em cidades grandes, o que facilmente as poderia corromper. Convidou as Vicentinas de Maria Imaculada, ordem fundada pelo beato Frederico Albert para lhes dar assistência. Quando estas vieram a faltar, substituiu-as por um grupo de jovens: o primeiro núcleo das filhas de São José.
Em 1875 dá início à família religiosa das Filhas de São José. Ao seu lado, desde os primeiros anos, uma mulher de Turim que seguirá o seu sonho de fundação. Chama-se Rosalia Sismonda. Decide oferecer uma casa ás primeiras irmãs, comprando e reestruturando o castelo milenário que se encontra em Rivalba. Se tornará o berço da Congregação, o símbolo que demonstra o seu desenvolvimento com o passar dos anos.
No primeiro tempo, a finalidade do Instituto era a de ajudar as moças a aprender um ofício ocupando-se na tecelagem, sem precisarem sair da cidade para ganhar a vida, como citado anteriormente. Desta forma, evitava o perigo de as meninas abandonarem os lares, a caminho da cidade em busca de emprego, onde a maior parte delas corria o risco de perder a fé e os costumes.
Exatamente no ano 1880, que viu grandes manifestações do culto Eucarístico, Pe. Clemente Marchisio, seguindo uma inspiração interior, mudou a finalidade do Instituto, e quis que as Filhas de São José se dedicassem exclusivamente ao Culto Eucarístico:“o Instituto, em vez de servir a Jesus nos pobres operários das oficinas, empenhar-se-á em servir da melhor maneira possível a Ele mesmo, em tudo o que diz respeito ao sacramento do Amor, não só por um trabalho diligente e consciencioso, mas com o maior respeito possível e devoção.”(Beato Clemente Marchisio).
Padre Clemente quer que as irmãs se ocupem de tornar mais digno tudo o que acontece sobre o altar. Inicia o trabalho da produção da hóstias e do vinho que se tornarão Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Além disso, a sua atenção é orientada para tudo aquilo que se refere à Celebração Eucarística, para sublinhar a importância e a beleza do momento central da fé cristã. Por esta razão as jovens que se consagram na sua família religiosa começam a serem chamadas as irmãs das hóstias”.
Pelo carisma próprio da Congregação todas as irmãs se empenham no culto à Eucaristia, preparam com a máxima reverência, seguindo as normas da Igreja, a matéria genuína do santo Sacrifício da Missa: as Hóstias, confeccionam os paramentos, toalhas do altar e demais panos sagrados, provém com amoroso cuidado o que for preciso para a honra e o decoro da Santíssima Eucaristia.
Em 1883 Pe. Clemente Marchisio abre uma comunidade em Roma, fazendo dizer ao Papa Leão XIII: “Até que em fim nosso Senhor quis pensar em si mesmo!”
Homem incansável não desiste de pregar, de viajar, de alimentar a vida interior das suas filhas. Isso até o dia 16 de dezembro de 1903 dia em que entregou sua alma ao Senhor. No mesmo dia unida a ele, sobe ao céu Rosalia Sismonda, sinal de sintonia perfeita e comunhão total entre eles.
Dotado de temperamento forte e tenaz, pôs todo o empenho em servir Deus com a máxima fidelidade da sua alma. Procurou viver pobremente, dando aos doentes e necessitados o melhor dos seus bens e da sua dedicação.
Era por natureza autoritário e inclinado à ira. Teve, por isso, de lutar com todas as energias para refrear a iracúndia e sofrer com paciência as adversidades da vida. A força para se dominar e para praticar todas s virtudes, ia buscá-la no mistério sacrossanto da Eucaristia. Pode-se dizer, sem exagero, que o característico da vida espiritual do Beato Clemente Marchisio como sacerdote, pároco e fundador, enraíza-se no sacramento do Corpo e Sangue de Cristo. Por isso, nada tinha tão a peito como celebrar devotamente a Santa Missa, adorar assiduamente o Santíssimo Sacramento e cuidar que as coisas com ele relacionadas fossem condizentes com a dignidade infinita do Filho de Deus. Não contente com isso, punha todo o empenho em instruir os fiéis no sentido de uma participação cada vez mais consciente e frutuosa da Sagrada Liturgia.

Era um homem de muita oração, que incluía a leitura diária da Sagrada Escritura e uma terna devoção à Santíssima Virgem. Assim alimentava a sua fé, esperança, caridade e demais virtudes, que praticou em grau heroico.
Até 1983, data em que foi beatificado pelo santo Papa João Paulo II, sua casa em Roma já possuía mais de 450 membros. A razão principal de sua existência foi o ministério paroquial, o cuidado das almas a exemplo de São Cura D'Ars e para todos outros padres.
Local morte
Rivalba (Itália) Morte 16 de dezembro de 1903, aos 70 anos de idade
Oração
Deus, nosso Pai, iluminai, hoje, nossos olhos com vossa luz, para que assim possamos ver e enxergar vossas pegadas ao longo do nosso caminho. Aclarai nosso entendimento para não adormecermos na tristeza, na falta de confiança da vida, no desânimo de quem se deixa vencer por suas dificuldades e contrariedades. Abri hoje nossos ouvidos para escutar vosso apelo de confiança e esperança na vida, que nos diz: "Não terás mais necessidade de sol para te alumiar, nem de lua para te iluminar: permanentemente terás por luz o Senhor, e teu Deus por resplendor" (Is 60,19ss). Elevamos a vós, Senhor, esse hino de louvor. "Jesus, coroa celeste, Jesus, verdade sem véu, ao servo que hoje cantamos deste o prêmio do céu. Dai que por nós interceda por fraternal comunhão, e nossas faltas consigam misericórdia e perdão. Bens, honrarias da terra sem valor ele julgou; vãs alegrias deixando, só as do céu abraçou. Que sois, Jesus, rei supremo, jamais cessou de afirmar; com seu fiel testemunho soube o demônio esmagar. Cheio de fé e virtude, os seus instintos domou, e a recompensa divina, servo fiel, conquistou. A vós, Deus uno, Deus trino, sobe hoje nosso louvor, ao celebrarmos o servo de quem Jesus é Senhor" (Liturgia das Horas, op.cit., 1994).
Devoção
Aos sagrados sacramentos da Confissão, Eucaristia e assistência às almas.

Fontes:





Imagens extraídas do Google.

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